terça-feira, 18 de outubro de 2016

MANO BROWN LANÇA VIDEOCLIPE GRAVADO EM NOVA YORK

Acaba de sair o videoclipe do primeiro single do Mano Brown. 



“Amor Distante” foi gravado em NYC e conta com direção de Fabio Ladeluca, experiente diretor e fotógrafo. Ladeluca vive e trabalha em Nova York há mais de 20 anos tendo seu nome vinculado em longas e curtas metragens, documentários e clipes e junto aos principais nomes do cinema e propaganda, como Spike Lee, Martin Scorsese e Robert De Niro.






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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

SAIU O NOVO ÁLBUM DO SABOTAGE. CLIQUE E OUÇA AGORA!

Álbum póstumo do Maestro do Canão traz músicas inéditas que se mantém atuais após 13 anos da morte de Sabotage e mostra que o rapper sempre esteve à frente no RAP NACIONAL. 




As 11 faixas inéditas do álbum “Sabotage” foram reunidas e finalizadas ao longo de mais de 10 anos por parceiros musicais que conheciam e já tinham trabalhado com o artista. A lista inclui “Mosquito”, produzida pela dupla Tropkillaz e com vocais dos filhos dele; “Superar”, com participação do rapper Shyheim, do coletivo de rap americano Wu-Tan Clan; “O Gatilho”, com BNegão e Céu; “País da Fome (Homens Animais)”, continuação de uma das faixas mais aclamadas de “Rap é Compromisso”; e “Quem Viver Verá”, com o rapper Dexter, gravada um dia antes de Sabotage morrer.

A direção musical do álbum é de Tejo Damasceno, Rica Amabis e Daniel Ganjaman, com a colaboração de DJ Cia, Quincas Moreira, Tropkillaz, DJ Nuts, Mr. Bomba e Duani como produtores associados.

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Ele tinha começado a gravar o segundo álbum quando morreu, na manhã de 24 de janeiro de 2003. Ao longo de mais de 10 anos, os amigos e maiores parceiros musicais do Sabotage reuniram e trabalharam em 11 gravações inéditas, que viraram lenda entre os fãs. E, agora, se tornam realidade. O Spotify vai revelar na íntegra as faixas de “Sabotage“, o segundo álbum inédito do Maestro do Canão, em uma transmissão ao vivo aqui no Facebook em 17/out — com direito a depoimentos da família e dos caras que trabalharam nesse álbum tão esperado. Você está convidado. Confirme presença no evento: http://bit.ly/2dsMYvB

Com apenas um álbum, “Rap é Compromisso” (http://bit.ly/2dq40Z1), de 2001, Sabotage se tornou um dos ícones do rap brasileiro. Foi o cara que derrubou muros, quebrou preconceitos e abriu espaço pra que a música da periferia fosse consumida em cadeia nacional. O Maestro do Canão, como era conhecido em referência à favela onde nasceu, na Zona Sul de São Paulo, morreu pouco antes de completar 30 anos. Mas, 13 anos depois, a música dele continua viva. Tem cerca de 200 mil pessoas ouvindo Sabotage todo mês no Spotify. Mais surpreendente ainda é que, olhando as faixas mais ouvidas todos os dias especificamente em São Paulo, “Rap é Compromisso” (http://bit.ly/2dODFFF), “Mun-Rá” (http://bit.ly/2dGaXlM) e “Na Zona Sul” (http://bit.ly/2dc1qTt) aparecem entre as principais até hoje. Prova de como a música dele continua poderosa e influente.
Mauro Mateus dos Santos nasceu na Zona Sul e virou “Sabotage” ainda criança (graças ao talento pra se sair bem, ou “sabotar”, em qualquer situação). Na escola, passava todas as aulas escrevendo músicas. Quando voltava pra casa, sentava no degrau de entrada e continuava compondo, se oferecendo pra cantar as rimas recém-escritas pra qualquer um que passasse.

AS INFLUÊNCIAS
A história do Sabotage se confunde com a história do próprio rap nacional. Em um concurso de rimas no fim dos anos 80, conheceu (e impressionou) Mano Brown e Ice Blue, dois paulistas que tinham acabado de formar o Racionais (http://bit.ly/2dYAZF4). Pouco depois, ele despontou no RZO (http://bit.ly/2ducCMO), de Pirituba, um dos primeiros grupos de rap de protesto, ao lado de SANDRÃO RZO,HeliãoDJ CIANegra Li e outros grandões do flow. Não que ele parasse no rap. Pro Sabotage, as possibilidades da música eram infinitas. Ele dizia ver a própria história em “O Meu Guri” (http://bit.ly/2dq3kD0), do Chico Buarque, a letra em que uma mãe descreve o filho que “já foi nascendo com cara de fome”, mas que, apesar de todas as dificuldades, “na sua meninice, ele um dia me disse que chegava lá”. (Dá pra encontrar versões de “O Meu Guri” nas vozes de Elza SoaresTeresa CristinaBeth Carvalho e Sandra de Sáno Spotify.) Sabotage era fã de 2pacDr DreSnoop DoggFoxy BrownEminemWu-Tang ClanJAY Z. Mas bambas do samba comoBezerra da SilvaCartolaDona Ivone Lara e Pixinguinha também faziam a cabeça dele. Sandy & Junior também.

Nessa playlist exclusiva, você encontra os artistas que mais influenciaram o som dele. Ouça grátis: http://bit.ly/2d0Dbd7
Pro Sabotage (que é descrito pelos amigos e parceiros do rap como um cara doce, brincalhão e sorridente), não tinha tempo ruim. Ele queria levar o rap pra todos os cantos. Quanto mais pessoas ouvindo, melhor. Tanto que, assim como o 2Pac, a Ms. Lauryn Hill e outros grandes nomes do hip hop gringo, cravou seu espaço até no cinema. Primeiro veio “O Invasor”, do diretor Beto Brant, no qual, além de aparecer em frente às câmeras, foi consultor técnico e ajudou Paulo Miklos a construir o protagonista do filme. (Ouça a trilha completa de “O Invasor”, com Instituto, Pavilhão 9Tolerância Zero e mais, aqui:http://bit.ly/2dufzN0.) Em “Carandiru”, de Hector Babenco, foi de novo o “termômetro” do diretor pra construção do enredo e viveu o personagem Fuinha.
“Meu pai estava sempre escrevendo”, diz a filha, Tamires. “Depois de buscar a gente na escola, esquentava o almoço e sentava na sala com duas TVs e três rádios ligados ao mesmo tempo, com o caderno na mão, compondo”. Absorvendo tudo o que via e ouvia, Sabotage transformava a realidade em música, sempre produzindo. “Ele escrevia em qualquer lugar, era só ter um pedaço de papel na mão”, completa o outro filho, Wanderson, o Sabotinha. Eles tinham 10 e 9 anos quando o pai morreu.

QUEM ELE INFLUENCIOU

Sabotage deixou filhos de sangue, mas também deixou filhos musicais. E essa família é enorme. “Salve Sabotage, MC de compromisso / Cumpre seu papel no céu / Que aqui a gente te mantém vivo”, a Karol Conka canta em “Boa Noite” (http://bit.ly/2dYByi6). Em “Pronto Pra Tomar o Poder” (http://bit.ly/2d0BNr6), Maomé do ConeCrewDiretoriadiz que “a voz de Sabotage é o que ainda soa em meu ouvido”. “Eu sou nota 5 e sem provocar alarde / Nota 10 é Dina Di, DJ Primo e Sabotage“, o Criolo manda em “Sucrilhos” (http://bit.ly/2dGbunB). (A Dina Di, vocalista do Visão de Rua, foi uma das mulheres precursoras do rap nacional. O DJ Primo, um dos DJs de hip hop mais incríveis do país, fez história com Marcelo D2Afrika BambaataaRAPPIN HOOD. Os dois morreram recentemente.) “Como dizia malandramente o nego Sabotage / Rap é compromisso, entendeu? / Não é viagem”, lembra oDEXTER RAP, ex-509-E, em “Não Vejo Nada” (http://bit.ly/2dc0w9G).

Descubra esses e outros artistas que foram influenciados pelo Maestro do Canão nessa playlist curada pela família dele: http://bit.ly/2dc2sPk
Sim, “o rap é compromisso”, como ele cantava. O compromisso do Sabotage era expandir os horizontes do rap no Brasil e, com isso, chamar atenção pra realidade social da periferia. Antes dele, aquele som não ganhava espaço na TV, nas rádios, na imprensa. Depois dele, o rap entrou em outra fase. Ficou maior. E se popularizou. Nas rimas de “Rap é Compromisso” vinha embutido também o talento nato e um desejo real de transformação, que colocaram uma engrenagem muito maior em funcionamento, abrindo portas e ouvidos pra gerações de MCs que nasceriam e começariam a fazer música nos anos seguintes.
Músicas podem transformar vidas. As dos Sabotage com certeza transformaram. E você? Para onde a próxima música vai te levar?

Ouça todos os clássicos do Sabotage no Spotify: http://bit.ly/2cQC2l8