quinta-feira, 19 de maio de 2016

A.F.F LANÇA SINGLE “LADO SUL” COM PARTICIPAÇÃO DE NEGRO RUDHY



Lado Sul é a nova música do mais recente artista do sul A.F.F. de Porto Alegre/RS.
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Produzida pelo próprio A.F.F., gravada nos estudios Mubemol (Poa/Rs) e Umsom (Flo/Sc), conta com a participação de Negro Rudhy, do grupo Arma-Zen de Florianópolis/SC. O som traz a união dos dois estados, representando as periferias e incluindo mais um trampo da região sul no mapa do Hip Hop brasileiro.
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Assista e compartilhe!
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Acompanhe no facebook: https://www.facebook.com/alan.aff.7

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Rapper Pablo Scobá é assassinado após show em João Pessoa



O rapper/cantor Pablo Roberto de Lima Santos, conhecido como Pablo Scobá Dub, foi assassinado na madrugada deste sábado (7) após fazer uma apresentação no Centro Histórico de João Pessoa.
Segundo a Polícia Civil, Pablo estava se dirigindo ao carro onde estavam a esposa e um casal de amigos, quando dois indivíduos, um deles armado, fizeram uma tentativa de assalto. O rapper questionou o que estava acontecendo e acabou sendo alvejado na região do coração. O artista chegou a ser levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu ao ferimento e faleceu.
De acordo com o delegado plantonista da delegacia de Homicídios de João Pessoa, Paulo Josafá, o caso está sendo tratado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Ele estava chegando no carro e viu os dois homens abordando a esposa dele e os amigos. Então, ele perguntou o que estava acontecendo ali. Foi quando o homem que estava armado atirou nele“, informou o delegado.
Ainda segundo o delegado, nenhum outro ocupante do carro ficou ferido e os dois suspeitos do crime fugiram. Pablo tinha 34 anos e era natural do Rio de Janeiro, mas morava na Paraíba. Ele havia feito uma apresentação no Casarão 39, na festa ‘Baile de Favela’.
O caso foi registrado por volta de 1h30. Até as 8h deste sábado a polícia ainda não tinha identificado os responsáveis pelo crime.
Descanse em paz guerreiro.
Fontes: Jornal da Paraíba e G1

Carreira

Cantor e compositor, Pablo Scobá estava envolvido com a música e a cultura hip hop desde meados dos anos 90. O artista passou pelos grupos Reação Periferia, em 1996; e Esquadrão 38, em 1998. Atualmente, Plabo estava mesclando suas rimas com dub e reggae. Em 2014 lançou seu primeiro trabalho solo, o EP “Criados Pro Mundão“, com 7 faixas.


Com visual de ponta, Costa Gold lança clipe da nova “Salsa (Nos Embalos da Zona Oeste)”


O último lançamento do Costa Gold foi o clipe “De Vila” há um pouco mais de 4 semanas — o visual já reúne mais de 2 milhões de plays. E na noite de ontem (17), o grupo formado pelos mc’s Predella e Nog lançou mais um clipe que promete também alcançar números astronômicos.
Com o corriqueiro Pedro Lotto no beat — todos os lançamentos depois de “.155” vem sendo assinados por ele — a música “Salsa“, que tem o subtitulo “Nos Embalos da Zona Oeste“, chegou com um clipe de ponta dirigido por Thiago “Cabelo” Jennée e produzido por Maceyork que carrega toda uma atmosfera dançante.
O clipe ainda tem participação de dançarinos da Escola de dança Carlinhos de Jesus. E o Costa Gold ainda promete um novo disco para 2016.

Imagem reprodução 

terça-feira, 17 de maio de 2016

O BNegao prestou uma linda homenagem ao Sabotage, assista!


Gravado em novembro de 2015 e disponibilizado na rede em Abril. O Festival Terra do Rap (organizado por Vinícios Terra e Cleide Fontes visando a divulgação do rap lusófono no Brasil), junto ao rapper BNegão prestou uma bela homenagem a um dos maiores nomes do rap nacional, Sabotage.
No palco, muito bem representado no piano por Donatinho, e nos vocais por BNegão e Alexandre (Birú) Diaphra, o encontro representou a comunhão entre rappers que falam a mesma língua , e partilham de um sentimento tão comum quando o coração é lusófono: a saudade.
Bnegão cantou a “Dorobô” (palavra que significa ladrão), faixa gravada em 2003 por Sabotage e BNegão. “Maurinho, com certeza, a onde ele estiver, a liberdade chegou”, diz Bnegão, enquanto o tocante piano inicia o gancho pro refrão escrito pelo Sabota.
A edição e finalização do vídeo foi feita por Prato e Pixel.

Pregador Luo regasta vidas por onde passa no clipe “Rolê da Consciência”



Na tarde de sexta-feira (13) deste mês, Pregador Luo divulgou o clipe para a música “Rolê da Consciência” e, assim como “Um Preto Zica” do Racionais, quem assina a direção é oKondzilla.
O clipe segue Pregador Luo resgatando pessoas das mais diversas situações. Enquanto faz um rolê, Luo mostra novas formas de enxergar o mundo para um traficante, um comerciante, uma mulher que sofre violência doméstica, uma mulher que atua na prostituição, um adolescente que tá tomando uma surra, jovens que sofrem bullying na escola. E no final, claro, todos vão para aquele rolê de rap. Assista acima.
Rolê da Consciência” integra o álbum “Governe“, lançado pelo líder do Apocalipse 16 em 2015.


Mano Brown, Criolo, Ndee, Síntese, Emicida, GOG e muitos outros fazem show na Virada Cultural de SP



A grandiosa Virada Cultural, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, chega a sua 12º edição. O evento será realizado nos dias 20, 21 e 22 de maio(próximo final de semana) por toda a região da capital paulista, com espetáculos das mais variadas vertentes da cultura com muita música.

O rap não ficou de fora, são mais de 20 rappers convidados, que se apresentaram por toda a cidade levando informação, protesto, conhecimento e cultura para milhares de pessoas.
Mano Brown estará no Palco Jardim Helena no domingo às 17 horas; Emicida faz duas apresentações, no Palco Parelheiros no domingo às 17 horas e no Centro Cultural Palhaço Carequinha, também no domingo, mas à 1 hora da madrugada; Rashid toca também no Centro Cultural Palhaço Carequinha no domingo às 22 horas; Criolo marca presenta no Palco Júlio Prestes no domingo às 15 horas; Dexter e Mc Soffia fazem show juntos no Palco Parque Ibirapuera no domingo às 14 horas.
Rappers participantes da 12º Virada Cultural de São Paulo
DJ Hum, Criolo, Emicida, Rashid, Odisseia das Flores, De Menos Crime, Reduto do Rap, Poetas Mc’s, Tati Botelho, Síntese, Ndee Naldinho, Rashid, GOG, Mc Garden, Ellen Oléria, Fernandinho Beat Box, DBS, Criminal Rap, Dexter e Mc Soffia.
Além disso, terão outros eventos que envolvem a cultura Hip Hop, como a Rinha de Mc’s que será apresentada por Ogi, no domingo, às 17 horas no Palco Pirituba.
Confira a programação completa e se planeje:
Alguns números da Virada Cultural 2016
•    1.500 seguranças particulares
•    900 pessoas de serviço contratadas (bombeiros, carregadores e limpeza)
•    Cerca de 50 pessoas de produção funcionários da SPTuris, mais 120 produtores contratados e 60 pessoas que cuidam de palcos
•    5 Postos Médicos por 24 horas com 42 ambulâncias, sendo 16 com UTI
•    7.000 metros de cercamento (grades e fechamento metálico)
•    10 telões de 4×3 metros cada
•    800 cavaletes e 100 cones para interdição das vias + 2 km de fita zebrada
•    50 geradores, gerando 10.500 kVA
•    1.200 sanitários entre padrão e adaptados para PNE instalados na região central e espalhados nos bairros
•    2.500 homens da GCM.
•    300 agentes de trânsito

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O MERCADO FONOGRÁFICO DO RAP NO BRASIL

A opção de um artista atuar com uma gravadora, pelo menos no cenário do Rap Nacional, ainda gera polêmicas e, para muitos, remete a uma condição de submissão do trabalho artístico ao empresário, uma relação de patrão e funcionário, e uma lógica meramente capitalista. Porém, desde o início do movimento Hip Hop no Brasil, empresários ou até mesmo rappers e simpatizantes da cultura, investiram e investem em selos e produtoras para organizar e profissionalizar o trabalho, além de lançar novos nomes no mercado. Independente da opinião de cada um, e também da lógica que cada gravadora ou produtora atue, estas empresas tem se tornado muito mais presentes no cotidiano do rap. Sejam elas de empresários, ou dos próprios rappers.

No final dos anos 80, com o início do movimento Hip Hop no Brasil, já havia gravadoras atuando junto com os selos independentes. Em São Paulo, as primeiras coletâneas foram lançadas por empresas que organizavam bailes blacks na cidade, como a Kaskatas (Ousadia do Rap), Chic Show (O Som das Ruas) e Fat Records (Situation Rap). A Eldorado, em 1988, lançava a Hip Hop Cultura de Rua, que apresentou artistas como Thaide e DJ Hum e MC Jack. Nos primeiros anos da década de 90, selos como a TNT estreavam com o disco de Thaíde e DJ Hum, Baseado nas Ruas (DF), Duck Jam e Nação Hip Hop, e muitos outros que viriam depois. Em Brasília surgia a Discovery, que trabalhava grupos como Cirurgia Moral, Câmbio Negro, Código Penal. Racionais MCs chegaram com o Holocausto Urbano, pela Zimbabwe Records. E ao longo dos anos muitas surgiram. Porte Ilegal, Cosa Nostra, Zambia, Five Special, Face da Morte Produções, Trama, Discool Box, RDS Records, Sky Blue, Só Balanço, 4P, 7Taças, Raízes Discos… Citar todas que em algum momento lançaram grupos e distribuíram produtos, é tarefa impossível. Assim como seria impossível citar todas que estão na ativa atualmente.
Talvez a busca por profissionalização e uma visão mais mercadológica que envolve o Rap Nacional hoje, fizeram com que novas produtoras, gravadoras e investimentos surgissem. A ideia de que a população da periferia, com o acesso à crédito e com as novas oportunidades geradas ao longo dos últimos anos, fosse uma grande parcela da população que passou a consumir bastante, também fizeram com que a grande mídia buscasse, ainda mais, representantes desta cultura em suas programações. E o interesse pela cultura da periferia só tem aumentado.
Representantes legítimos da cultura Hip Hop tem sido ‘agenciados’ por nomes como Bagua, Boogie Naipe, 1daSul, Marola Discos, Boia Fria… Mas não quer dizer que esteja mais fácil. Lidar com trabalhos já consolidados, lançar novos nomes, criar ou não uma relação com a grande mídia, romper preconceitos, são alguns dos desafios de quem hoje se propõe a trabalhar como gravadora no Rap Nacional.

Representatividade
A Bagua surgiu há quatro anos tendo o rapper Edi Rock como carro chefe. O que era para ser coisa de dois a três artistas, hoje conta com um amplo casting, que, além de Edi Rock, traz Gregory, Crônica Mendes, Don Pixote, DBS, Luiza Chao, All Star, Terra Preta, Realidade Cruel, Calado, Helião, Ice Blue, DJ Cia, DJ Kefing, Ndee Naldinho e Tulio Dek.


A ideia de montar uma gravadora, segundo o presidente Jairo de Andrade Netto, 31 anos, é mudar a forma de gravadora tradicional, romper os estigmas e adotar uma postura diferenciada de trabalho, além, é claro, de trabalhar grandes nomes do Rap Nacional. Mas não só isso. A Bagua é guiada por sonhos e ideais de Jairo, que desde menino pegava pesado na fazenda do avô, no Pará, que era o que mais trabalhava, justamente para servir de exemplo. Viveu periferia. Pois como ele mesmo afirma, o Brasil é uma grande periferia, ainda mais considerando cidades pequenas e remotas do Pará. “Quer lugar mais periferia que os lugares que eu vivi? Periferia não significa só a favela, aqui em São Paulo ou Rio de Janeiro. Vivo periferia desde que nasci”. Depois de conhecer a música “Fim de semana no parque” nunca deixou de ouvir rap. “O mais louco é você viver o rap em ambientes que não são do rap, e eu praticamente tive que viver a minha vida em ambientes que não são do rap”, declara.
O significado de Bagua é um ser que não aceita dominação. “Na fazenda onde fui criado, é o boi bravo. Não adianta querer pegar, ele vai enfezar, te derrubar, te machucar. Na verdade o rap é um monte de Bagua junto. Quem sou eu para querer mandar, desmandar na vida e trabalho de alguém. A gente trabalha junto”, conta Jairo. Para ele, tudo isso só é possível porque existiram várias pessoas que há mais de vinte anos, em outro mercado, outro mundo, trabalharam e movimentaram o rap nacional. “Eu acredito que a raiz do rap sempre foi e sempre tem que ser política. O rap é uma música para poder combater. Essa é a missão do rap, só que não precisa ficar preso exclusivamente nisso”.
Na hora de escolher os artistas do casting, Jairo não pode seguir apenas seu gosto pessoal, senão, segundo ele, trabalharia uma linha só. “No rap existem várias vertentes. Existe um rap da geração nova que não cresceu escutando Racionais, RZO, Ndee Naldinho, Thaíde. Quando criei a Bagua, pensei em ter um pouco da cada estilo. E cada artista tem um momento. Julgar à distância, por uma letra, é muito fácil. Todo mundo quer colocar só os defeitos, mas ninguém quer pagar conta de nenhum artista. Todos eles tem contas, são seres humanos, tem alegria, tristeza, felicidades”.


Já a Boogie Naipe foi pensada inicialmente para trabalhar apenas a carreira e a marca Mano Brown, mas enquanto preparava os trâmites burocráticos, foi convidada para administrar todo o trabalho dos Racionais MC’s. Eliane Dias, advogada e produtora da Boogie Naipe, nome que dará título ao CD solo de Brown, conta que desde outubro de 2012 vem atuando com as redes sociais e a partir de março de 2013 passou a estruturar a parte física, a logística do grupo. “Quando começamos, me surpreendi ao perceber que eles ficaram 25 anos atuando de forma tão tranquila. Não achei que isso fosse possível. É um grande desafio que temos. Não posso cometer falhas”, conta Eliane. Antes de pensar em lançar novos nomes, ela quer mais um ano para deixar tudo organizado com os Racionais. “A Boogie Naipe quer encontrar artistas prontos, que sabem o que estão fazendo e tenham um mínimo de estrutura. A busca por reconhecimento artístico é muito difícil e o jovem da periferia, quando se torna cantor de rap, ganha esperança, cria novas possibilidades, e abraça as oportunidades que o rap dá”. Eliane tem um desafio a mais, mas que segundo ela, tem sido superado há mais de vinte anos: o de ser vista apenas como mulher do Mano Brown. “Ele tem uma carreira, eu tenho outra. Cada um com seu jeito particular de ser. Não somos uma coisa só. Já passei por vários ambientes, diversas situações”.
Outras experiências mais antigas de gravadoras como 1daSul e Marola Discos permanecem na ativa e sobreviveram às mudanças do mercado fonográfico. Máximo José, conhecido como Marola, tem uma loja em Brasília desde 2004, e é DJ do grupo Voz Sem Medo. A história de gravadora e distribuidora começou quando ele distribuía vinis e lançou o disco de efeitos Arsenal Sônico, do DJ Tydoz, TDZ, que chegou até o volume seis. “Eu vinha com a cara e a coragem para São Paulo distribuir vinis e CDs de artistas do DF. Em Brasília tinha a CD Box e a Discovery, mas o Voz Sem Medo decidiu lançar independente”, diz Marola. Depois disso, grupos como Provérbio X, Cirurgia Moral, Vadios Loucos, Relato Bíblico, Atitude Feminina, Eclesiastes e Filosofia de Rua já foram lançados por ele. São 35 títulos no total.

A 1daSul surgiu paralela à marca de roupas homônima, do escritor e empresário Ferréz. Localizada no Capão Redondo, os primeiro lançamentos foram a coletânea “Us qui são representa” e o DVD da já tradicional festa na Zona Sul, o 100% Favela. Ferréz acredita que o cenário hoje está mais complicado pelo fato de não haver autogestão e uma administração eficiente. “Faltou os grupos trabalharem as carreiras. Hoje o cenário é caótico, mas não deixa de ser um fato o Rap Nacional ser um braço muito importante e útil para o avanço do crescimento das periferias. Temos dezenas de novos nomes que vieram trabalhando de forma diferenciada e provaram que novos tempos pedem novos meios de trabalho”, afirma. A 1daSul lançou Negredo, R.D.G, Detentos do Rap e são proprietários de dezenas de masters, entre elas Nill, RPW e Facção Central.
A rota do Rap no Brasil ficou por muito tempo entre São Paulo e Brasília. Mesmo que o eixo RJ-SP tenha as mais diversas oportunidades comerciais e midiáticas. Para Don, presidente da Corleone Records, do estado do Rio de Janeiro, as diferenças culturais existem, mas o corre é o mesmo. “São Paulo é de fato o berço do Rap Nacional, mas há algum tempo o surgimento de grandes nomes no cenário do Rio vem quebrando essa barreira. A principal diferença entre os dois mercados é o tamanho. O público é bem maior em São Paulo, consequentemente o mercado é maior”.
A Corleone Records tem dois anos de existência e teve seu pontapé inicial junto com dois integrantes do grupo Cone Crew na capital carioca e hoje se encontra em Rio das Ostras (RJ). Lançaram neste ano o primeiro EP da gravadora, intitulado Corleone Records e o Time dos Monstros, com produção de Devastoprod. Para Don o maior desafio da gravadora é manter a união da equipe. “Trabalhar com música e pessoas nem sempre é fácil. Ideologias, ideias, ideais e sonhos são compartilhados e confrontados constantemente, e, às vezes esse choque de diferenças torna-se inevitável. Alguns aprendem com isso, outros simplesmente ignoram os fatos. Pessoas são assim, temos que entendê-las”, afirma.
O fácil acesso à internet, novas ferramentas de divulgação e uma nova forma de trabalhar da nova geração, mudou a relação do público com a música. Enquanto os downloads subiam, as vendas de CDs caiam. E mesmo assim, muitos grupos
DJ Marola,  proprietário da  Marola Discos & Pró Vinil
DJ Marola, proprietário da
Marola Discos & Pró Vinil
ainda não dispensaram a produção de CD em acrílico ou outro tipo de material. E existe grande parcela do público que faz questão de comprar. O empresário e DJ Marola conta que das lojas que existiam quando ele vinha para São Paulo distribuir os primeiros CDs, 99% passaram a vender roupas ou fecharam. Segundo ele, o mercado fonográfico está do jeito que está também por conta do próprio artista. “Grupos renomados ficaram muito tempo sem lançar discos e os fãs não encontram mais certos produtos. Ainda existe um mercado, pequeno, mas existe. Cada gravadora que surge, independente de qualquer coisa, surge para fortalecer. Tem que ter disco na rua, produtos girando o mercado. Hoje muitos tem condições de comprar, mas não encontram os produtos nas prateleiras”.

Qualificação do rap
Quando resolveu deixar a linha de frente dos negócios e abrir uma gravadora no rap, Jairo tinha a ideia um pouco ilusória do discurso de união que o rap tanto prega, que aos poucos foi sendo derrubada. “Existem escritórios e escritórios. Existem escritórios que acham bom ver a Bagua movimentando, e tem uns escritórios que a Bagua gosta de ver movimentando. Mas existe a guerra fria também, que a gente sabe de escritórios que não acham tão bom. Eu particularmente fico na minha. Não precisa gostar do que a Bagua está fazendo, mas precisa respeitar quem esta trabalhando”.
Mas em uma coisa todos devem concordar: O rap precisa se profissionalizar, se qualificar, alçar voos maiores. “Temos que encarar a realidade. O estúdio é pago, o produtor, a mixagem, a masterização. Quase tudo é dinheiro. Muitos sonham em aparecer em grandes programas e ganhar algum, mas tem vergonha de conquistar um objetivo simplemente para evitar o preconceito por parte do público e/ou amigos. Vários tentam viver do Rap, mas não sabem como ou tem medo fazer dinheiro com ele”, declara Don. Na opinião de Ferréz, “temos talentos individuais e nenhum plano real e eficaz de negócio, todos procuram respostas, mas não sabem as perguntas, gerenciar, organizar, vender show, gerar uma cultura 
corleone-records
autossuficiente, tudo isso tem que ser construído. Raramente você vê um grupo com escritório próprio, mesmo que seja dentro de casa. No cenário do rock, reggae, ou até músicas locais como o tecnobrega se estruturam com muita rapidez”. A 1daSul lança neste primeiro semestre o novo projeto do Negredo, Bang Africano, produzido por DJ Cia, DJ Dri e Mano Brown, e também um CD literário, chamado Vendo Verdades.


Eliane, da Boogie Naipe, tem uma visão igualmente crítica. Ela acredita que hoje os jovens estão na internet, tudo é mais rápido, eles começam a descobrir as coisas mais cedo e por isso estão mais exigentes. “Não tem mais como o rapper não saber das coisas. Tem que saber muito, mas não pode ser chato. Tem que ler, saber da sua história, de onde veio, o que aconteceu no bairro onde mora. Graças a Deus estou encontrando muitas pessoas que sabem muita coisa no cenário do rap. Jornalistas, escritores, pessoas que trabalham com filme, fotografia etc.”. Sobre a relação da mídia com o rap nacional, Eliane diz não estar tão preparada para dar sua opinião. “Como empresária, penso que devemos preencher todos os espaços, mas como mulher negra da periferia, penso que não é bem assim, não devemos ir de qualquer forma, tem toda uma relação de resistência, ideologia. De saber que o jovem negro não é aceito, não é compreendido, e de pensar em como reivindicar isso na grande mídia. Existem rappers que conseguem fazer isso muito bem”, conclui.
“A gente quer o máximo de gente empregada, profissionais envolvidos, felizes, trabalhando com rap. Conseguir fazer com que contratantes de outros estados, de outros lugares, despertem a atenção para nós. Fazer com que o rap encha as casas com vinte, cinquenta mil pessoas. Mas é preciso trabalhar com amor e desenvolver parcerias para obter resultados. O desafio nosso é progresso para o rap”, ressalta Jairo.

*matéria originalmente publicada na Revista Rap Nacional N°09

EDI ROCK LANÇA VIDEOCLIPE EM PARCERIA COM A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

O Brasil já está em clima de Olimpíadas e o RAP chega firme e forte neste ano que será cheio de conquistas. A parceria entre Edi Rock e a Caixa Econômica Federal leva o RAP NACIONAL à outro patamar.


“Conquista” é o nome da música inédita do integrante do Racionais e artista da Bagua Record’s que chega para ser trilha sonora desta grande festa. Na letra, Edi Rock trás versos repletos de esperança e otimismo, tema que sempre abordou em suas letras e desta vez a mensagem vai para os guerreiros que dedicam suas vidas ao esporte.
O videoclipe conta com uma mega-produção e ilustra muito bem a garra dos atletas brasileiros, destacando não só os jogos olímpicos, mas também os paraolímpicos, que trazem uma carga a mais de emoção e superação em cada take.
Em época de Olimpíadas todos respiram esporte. Restaurantes, lojas e campanhas publicitárias se voltam para este evento e também para o seu local, dessa vez, a China.
"Contagiante" talvez seja o adjetivo que mais define a Olimpíada. A rotina dos telespectadores gira em torno dos horários dos jogos e adivinhações de quem será o próximo adversário, qual sua estratégia e história. Nessa época, vale até conseguir uma folguinha do trabalho para assistir aos jogos, mas esse ano, o maior adversário dos torcedores brasileiros talvez seja o sono. Isso porque precisaremos manter os olhos abertos e passar noites em claro para acompanhar as competições em horário chinês.
"No mundo esportivo, não existe espetáculo mais grandioso do que os Jogos Olímpicos. Superação de limites, motivação de atletas, desafios, lágrimas de glória ou de desespero se misturam em quadras, tatames e ginásios. Este espírito toma conta da vibração, das emoções e do desejo daqueles que duelam e combatem para medir forças com os melhores de sua modalidade no mundo", comenta o psicólogo João Ricardo Cozac, presidente da Associação Paulista da Psicologia do Esporte (ASSOPAPE) e autor do livro "Com a cabeça na ponta da chuteira".
O tal do "espírito olímpico" se traduz no esforço de gigante, no "dar o sangue" de milhares de atletas, muitos sem apoio, patrocínio ou aplausos suficientes. Também se traduz no que tem valor real no esporte, a garra de superação, com atitudes pautadas no respeito, solidariedade e na excelência.
Quer imagem mais representativa do espírito olímpico do que o abraço das atletas da Rússia e Geórgia, após a entrega de medalhas? A crise atual pelo conflito na Ossétia do Sul não abalou as delegações dos países. A decisão de continuar em Pequim e o abraço das duas atletas serão lembrados sempre como exemplos de trégua e espírito olímpico.

As Olimpíadas acontecem no Brasil a partir do dia 5 de agosto no Rio de Janeiro.
Assista e compartilhe.



domingo, 15 de maio de 2016

Biografia de Sabotage traz a trajetória de um dos nomes mais emblemáticos do rap nacional

Autorizado pela família, livro de Toni C. passa longe das edições chapa-branca. Edição marca os 10 anos da morte do rapper.


Há 13 anos, Sabotage (1973 – 2003) foi executado à queima-roupa, em São Paulo, com quatro tiros. Negro, pobre e favelado, deixou apenas um disco solo, clássico do rap nacional. Fez dois papéis no cinema – e arrasou. De certa forma, Sabotage mal teve tempo de estrear, mas, hoje, tem “mais futuro” que o escritor Mário de Andrade e o compositor Noel Rosa, ícones da cultura brasileira.

O escritor e ativista cultural Toni C. está lançando 'Um bom lugar' (Literarua), biografia que marca os 10 anos da morte do rapper. O livro teve o apoio da família de Sabotage, que receberá metade da renda obtida com a venda dos exemplares. Enquanto isso, muitos brasileiros ignoram como viveram Mário de Andrade (morto em 1945) e Noel Rosa (falecido em 1937). Amparados pelo Código Civil, herdeiros dessa dupla não se entendem com autores que pretendem escrever sobre eles.


Autor do romance O hip-hop está morto (2012), o paulista Toni C. desenvolve projetos para levar arte e cultura às periferias. Contrário à censura prévia, ele não aplaude a cruzada de astros da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso e Roberto Carlos, para impedir biografias não autorizadas de chegarem a público.


'Um bom lugar', aliás, vem em boa hora: prova que biografia oficial não é sinônimo de livro chapa-branca. Aliás, a chapa sempre esquentou nos 29 anos de vida de Mauro Mateus dos Santos. Criado na Favela do Canão, na capital paulista, teve o primeiro emprego aos 8, como olheiro do tráfico. Um irmão morreu assassinado depois de fugir da cadeia. O outro, trabalhador, perdeu o juízo ao sucumbir à miséria e ao álcool. A mãe criou os três sozinha. Foi mais uma vítima das eternas mazelas da saúde pública brasileira.


Desde pequeno, Maurinho dizia ter “síndrome de pensar”. No começo, era bom de estudos; depois caiu na vida e só completou a 5ª série adulto. Aos 15, via-se como o personagem de 'O meu guri', aquela canção edipiana de Chico Buarque sobre mães e filhos metidos com a polícia. Por muitos anos, ele se dividiu entre a rima e a contravenção. Querido em sua Favela do Canão, horrorizou na Vila da Paz, para onde a família foi removida pela administração Paulo Maluf. Ele próprio admitiu: era “terrorista”. Toni C. não demoniza nem alivia seu biografado, que perdeu os dentes ao apanhar numa delegacia. Conta como vizinhos “da Paz” temiam o novo chefete das drogas. 'Um bom lugar' não é conclusivo a respeito do assassinato do rapper, atribuído a broncas antigas com traficantes. Preso em 2004, Sirlei Menezes da Silva foi condenado a 14 anos. Há quem diga que se trata de um laranja. Há quem veja o PCC envolvido. 


A transição de Maurinho para Sabotage se deu – literalmente – pela porta dos fundos de clubes e casas de show. Graças aos rappers Rapin Hood e Sandrão (do Grupo RZO), o rimador banguela deixou o “negócio” para se dedicar ao palco – devidamente autorizado pelo “omi”. A vida de artista não o tirou da favela. Frequentou hotéis cinco estrelas e festas chiques, mas morava no Boqueirão. Comemorou quando pôs chuveiro elétrico em sua casa. No fim de sua breve vida, cansou de avisar aos jovens em entrevistas e em seu rap: “vida loka” é caminho do cemitério. 


Depois de muita ralação, a música 'O rap é compromisso' estourou, projetando Sabotage e suas tranças espetadas como antenas. O disco homônimo, de 2001, trazia versos certeiros – ele era bom de rima e de microfone. O rapper fez dois filmaços: O invasor, de Beto Brant (2002), com participação importante na trilha sonora, e 'Carandiru', de Hector Babenco (2003). Sem ele, o cantor Paulo Miklos não construiria seu personagem com tanta propriedade. Sem ele, Babenco não levaria para as telas um presídio tão real. Sabotage trouxe verdade ao cinema brasileiro.


Toni C. diz que o rapper – com seu carisma, determinação, simpatia e desconfiança – era a síntese do nosso povo. “Sabotage falava com os dois Brasis”, resume, referindo-se à favela, à MTV, ao cinema e à cadeia. “Depois do governo Collor, a sétima arte brasileira se reconstruiu a partir da periferia: 'Cidade de Deus', 'Tropa de elite' e 'Carandiru' são protagonizados por pretos. Mas o favelado, quase sempre, morre no fim. A única exceção é 'Uma onda no ar”, diz Toni C. Ele fala do filme do mineiro Helvécio Ratton sobre a Rádio Favela, porta-voz do Aglomerado da Serra, em BH. 


O “multissabotage” era poeta, pai de família amoroso, cronista sensível de sua quebrada e foi linha de frente do “movimento” em determinada fase da vida. Ouvia Barry White, rap americano e brasileiro, Pixinguinha, Tom Jobim, Chico Buarque, reggae, rock e Sepultura. Juntou tudo em impressionantes performances. O maestro do Canão misturou samba com rap muito antes dos cariocas. De quebra, continua vivo nos iPods da garotada e na voz de gente como Criolo, que o chama de mestre. Volta e meia, o autor de 'Não existe amor em SP' sobe ao palco com uma camiseta preta. Nela está escrito Sabotage – em letras garrafais. 

Escrever é um compromisso


Toni C.


Levei 10 anos para publicar o livro do Sabotage. Nove deles apenas lendo reportagens, pesquisando, acompanhando a distância os acontecimentos por uma única razão: não tinha contato com seus familiares e não me interessava em produzir uma biografia “não oficial”. Escrever é compromisso e eu desejava oferecer contrapartida, inclusive econômica, para seus herdeiros. Afinal, rapper ainda não tem direito a 13º, não goza férias e aposentadoria nem deixa herança além de suas rimas e histórias de superação.


Para minha satisfação, a proposta foi prontamente aceita. O acordo foi rápido e logo suas histórias transbordavam pelas páginas de 'Um bom lugar'. Infelizmente, essa não é a regra, mas a exceção. “Lançar biografia não autorizada no Brasil é suicídio”, ameaça a viúva de Raul Seixas. De um lado do ringue, a Constituição garante a “liberdade de expressão”, do outro o Código Civil reza pelo “direito à privacidade”, cada vez mais fora de moda. Está estabelecida a guerra entre famosos e escritores.


Não defendo todo o poder aos biógrafos, o que faria das editoras detentoras do “Big Brother” literário, nem podemos nos contentar em ter a Wikipédia como única referência biográfica dos notáveis. Mas também não é admissível, nem mesmo ao Rei, o poder de jogar histórias públicas na privada. Tenho a biografia proibida de Roberto Carlos, acompanhei o drible dos detentores dos direitos de Mané Garrincha e lamento a recente postura desafinada do cantor Djavan.


Pessoas públicas têm deveres e responsabilidades, estão submetidas a críticas, são alvo de reportagens e podem ter suas vidas contadas em biografias. O que elas podem fazer: criar suas próprias autobiografias, legar a alguém a confecção de uma biografia oficial, ou ainda processar, ser indenizado e ter direito de resposta caso se sintam caluniadas ou difamadas. Todo o restante é censura prévia.

Tem Sabotage na pista:



Dez anos depois de sua morte, Sabotage tem agenda cheia: ganhou biografia e vem aí documentário sobre ele dirigido pelo paulista Ivan 13P, com lançamento previsto até o fim do ano. Também está prometido um disco de inéditas a partir de material do rapper gravado pelo produtor Daniel Ganjaman e pelo coletivo Instituto. Se tudo der certo, um longa de ficção dirigido por Walter Carvalho também contará a história do maestro do Canão para a garotada do século 21.

Autor da biografia de Sabotage, o escritor Toni C. se impressiona com seu legado. “Jovens de 15 anos, que tinham 5 quando ele morreu, conhecem seus raps. Sabotage está vivo no imaginário brasileiro”, diz. Em São Paulo, o cineasta Ivan Vale Ferreira, conhecido como Ivan 13P, está concluindo a edição do documentário 'Sabotage: o maestro do Canão'. O longa terá depoimentos de Beto Brant e Hector Babenco, que dirigiram filmes com o rapper, e participação dos músicos Paulo Miklos, Andreas Kisser e B. Negão, além de familiares e amigos.

“Carismático, Sabotage era superquerido. Dez anos depois de sua morte, ele continua sendo um dos caras mais influentes do underground”, diz Ivan. Agora, ele batalha por salas para exibir seu longa. Aliás, seria muito bacana se esse filme passasse na próxima edição da Mostra de Cinema de Tiradentes. Em 2003, quando o mestre do Canão morreu, uma oficina do evento – comandada pelo diretor Luiz Carlos Lacerda – prestou homenagem a ele. Jovens alunos do Bigode fizeram dois vídeos sobre o rapper.

Em BH, o Cineclube Sabotage, criado há quatro anos e meio no Bairro Taquaril, funciona dentro da Escola Municipal Professora Alcida Torres. Coordenador do projeto, o arte-educador Marcos Donizete diz que a forte simbologia das letras do rapper inspira jovens da comunidade. “Elas mostram que hip-hop é, além de cultura, ideologia e proposta de vida”, conclui.


Assista ao  documentário 'Sabotage: O maestro do canão':




Réu pega 14 anos de prisão por matar rapper Sabotage

O júri formado por três mulheres e quatro homens decidiu pela condenação do réu Sirlei Menezes da Silva pela morte do rapper Mauro Mateus dos Santos, o Sabotage, em 24 de janeiro de 2003. Silva foi sentenciado a 14 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. As duas qualificadoras propostas pelo Ministério Público, motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, foram reconhecidas pelos jurados. O julgamento aconteceu no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.


O defensor público Marcelo Carneiro Novaes afirmou, momentos após a leitura da sentença, que irá apresentar recurso pedindo a anulação do júri "o mais breve possível". Ele disse respeitar a decisão dos jurados, mas que discorda da produção de provas e de como foi conduzido o julgamento, já que os nomes das testemunhas só foram apresentados ao réu na segunda-feira
Julgamento 
O julgamento do acusado de matar o rapper Sabotage começou na segunda-feira, às 15h, e terminou nesta terça-feira, às 18h. Durante estes dois dias, cinco testemunhas foram ouvidas, três de defesa, uma de acusação e uma compartilhada. Nos depoimentos foi alegado que Sirlei Menezes da Silva é um temido traficante de uma comunidade na zona sul de São Paulo e que ele teria feito uma festa para comemorar a morte do Sabotage. 
O réu também depôs na tarde de segunda-feira e negou a autoria do crime. Ele disse que estava indo visitar a sua mãe no hospital no dia da morte do cantor e que só confessou na delegacia pois foi torturado por policiais.
Durante a sessão, o promotor Carlos Roberto Talarico usou dos depoimentos das testemunhas que acusaram Sirlei de fazer parte do tráfico para mostrar a culpa do réu. Talarico questionou álibi de Sirlei, já que no hospital não há registro de visitas e, portanto, não haveria como provar que ele estava lá. A tese do promotor se baseou na suposição de que Sirlei era um traficante e matou Sabotage por vingança.
Já o defensor público Marcelo Carneiro Novaes questionou a falta de perícia no revólver calibre 38 encontrado na casa do réu e apontado como a arma do crime. Novaes ressaltou a distância entre Suzano, cidade ao leste de São Paulo, onde Sirlei morava, e a região onde ocorreu o crime, na zona sul da capital.
O defensor afirmou também que o processo era uma "maracutaia", pois não possui qualquer prova objetiva que incrimine o réu. As duas partes fizeram uso do direito à réplica e tréplica.
O caso 
Sabotage foi morto no dia 24 de janeiro de 2003, no bairro da Saúde, zona sul de São Paulo. Após deixar a mulher, Maria Dalva da Rocha Viana, no trabalho, Sabotage iria ao aeroporto de Congonhas onde embarcaria para Porto Alegre. No caminho, ele levou quatro tiros: dois na coluna, um na mandíbula e um próximo ao ouvido. Ele foi levado ao Hospital São Paulo por volta das 6h da manhã e morreu horas depois.
O músico, aos 29 anos, estava no auge de sua carreira. Com duas passagens pela polícia, por tráfico e porte de drogas, Sabotage largou o crime quando começou no rap. Ele lançou o CD O Rap é Compromisso, em 2001, e participou dos filmes O Invasor e Estação Carandiru.

Hip Hop e Mano Brown são Tese de Doutorado

A Periferia Pede Passagem: Trajetória Social e Intelectual de Mano Brown.




O Hip Hop é o som das ruas, escola e faculdade de muitos professores na área por aí, que continuando o ciclo, novamente ensinam e transmitem o conhecimento cultural agregado para que a cultura permaneça viva. Todos nós sabemos o valor cultural e também social que o Hip Hop possui, mais particularmente em áreas como favelas, comunidades e outras regiões pobres, chegando a ser mais que um gênero, e se equivalendo a um movimento sociocultural de discussões acerca de assuntos como cidadania, conscientização, mediação, denúncias e reflexões. E foi com base nisso que o Rogério de Souza Silva, da Universidade Estadual de Campinas – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, desenvolveu a tese de doutorado A periferia pede passagem : trajetória social e intelectual de Mano Brown.
De acordo com o resumo da tese, o presente trabalho discute a importância do movimento hip hop na transformação da vida de milhares de jovens das periferias das grandes cidades brasileiras. Para isso, analisa a trajetória social e intelectual de Mano Brown, líder do grupo de rap Racionais MC’s. Defendem que o movimento hip hop, mesmo com as suas contradições e incongruências, possibilita que os seus integrantes alcancem uma visão crítica do mundo, ganhem visibilidade social e, no limite, não adentrem no mundo do crime.
A tese pode ser conferida ou baixada logo abaixo, e para os já graduados ou também alunos, seja das ruas, ou de alguma instituição, é indispensável a leitura da produção que conta com um caráter sociocultural profundo acerca do movimento Hip Hop e da trajetória de Mano Brown.

sábado, 14 de maio de 2016

Mano Brown Fala sobre Guina o falso profeta

Veja o vídeo no qual Mano Brown (integrante e líder dos Racionais mcs) Fala sobre Guina o falso profeta.



Muitas pessoas adoram se deixar levar pela emoção, pelas estorinhas que leem, por supostas superações e milagres e acabam por compartilharem mentiras como essa. Abaixo vou mostrar um apanhado de coisas que mostram que essa história é só mais uma farsa que veio da época do orkut, msn, emails, pra rede facebook, como muitas outras, na intenção de ganhar muitas curtidas e compartilhamentos. Uma coisa que você sempre deve se chamar atenção pra coisas assim, é que sempre postam uma historia muito absurda, sempre apelando pra deus, pedindo pra que vc compartilhe e coisas do tipo, então sempre se questione por qualquer historia que você ver em redes sociais e principalmente nas mais absurdas!

Não vou dar foco ao depoimento dele, nem divulgar seu testemunho, porque se você veio aqui, é porque ja leu essas abobrinhas e só queria saber se é real ou não. Então vamos ao que interessa.

O Guina já foi integrante do grupo Racionais mc´s ?

Ainda não posso afirmar se ele foi ou não integrante, dizem que Guina é um personagem de uma das músicas do Racionais. 


Mano Brown desmentindo a historia do guina:




Confira neste vídeo filmado na favela da Chatuba na Penha – RJ, num show realizado lá, Mano Brownfala sobre o falso Guina.

Vídeo do testemunho de Guina!

Guina na maior cara de pau, mentindo e os irmãos da igreja acreditando nas idéias furadas dele.

 A polêmica do Guina

Guina falso profeta parte 1

Guina falso profeta parte 2

Guina falso profeta parte 3

Depois de ter divulgado este testemunho nas periferias da cidade de São Luis pelo fato de ter sido impactado pelo testemunho, percebi que em outros testemunhos ele se contradizia e achei estranho aí foi só procurar e achar e entrando em contato com a produção de algumas pessoas públicas e muito conhecidas no brasil inteiro, a verdade apareceu e descobri que pastores citados no testemunho como: marco Feliciano,  back vocal do Oficina G3, Mano Brown tudo inventado não sei porque motivo mas, Deus não opera na mentira.

Oficina G3 desmente envolvimento citado em depoimento de Guina:



Guina diz que  é amigo de um tal de pastor Marcos Feliciano

Segundo ele, eles se conhecem, pregavam juntos, e viajavam juntos. O Site oficial do tal Pr. Feliciano DESMENTE!

Nota de esclarecimento no site
O Ministério É Hora de Semear Fogo informa que são inverídicas algumas informações a respeito da suposta relação entre o pastor Marco Feliciano e Sidney Lourenço de Araújo, conhecido por “Guina”. O mesmo não faz parte deste Ministério, jamais viajou com o pastor Marco para pregar a Palavra, e tampouco ambos estudaram teologia juntos, como Sidney tem sido anunciado.
O Ministério toma a iniciativa de informar os irmãos devido ao grande número de e-mails e telefonemas que tem recebido solicitando informações a respeito de Sidney Lourenço de Araújo. O pastor Marco Feliciano não o conhece pessoalmente ou mesmo conversou por telefone ou outra forma de comunicação.
O Ministério esclarece, porém, que nada tem contra tal pessoa, apenas não aprova o que se tem dito sobre uma relação ministerial e pessoal inexistente entre o pastor Marco e Sidney.
Cremos, certamente, que o ministério de Sidney será abençoado pelo Senhor, desde que esteja calcado na verdade e nas Sagradas Escrituras. Toda a equipe do Ministério ora por ele e sua família, rogando ao Senhor para seja cada vez mais abençoado.
Cláudio Roberto de Oliveira (Gerência do Ministério)
André Oliveira(Assessoria Ministerial)
fonte: www.marcofeliciano.com.br

Contradições de Guina

  • Guina no programa do jo ? Diz ele que foi no programa do Jô Soares, 4: 53, quando? Cadê o vídeo, se alguém achar ganha 50 mil reais.
  • Diz que não tem fígado, como que uma pessoa vive sem o fígado ?
  • Fala uma hora que foi do Comando Vermelho, outra do Terceiro Comando, daqui a pouco vai falar que tá envolvido com o Cachoeira e as falcatruas do políticos.
  • Diz que já matou 141 pessoas e arrancava a cabeça, falou Scorpion do mortal kombat.
  • Fala que tem estômago de plástico
  • Em todo testemunho o filho dele faz um ano, lol.
  • É casado com uma tecladista do oficina g3
  • É casado back vocal do oficina g3, casado com duas então ? kkk
O pior de tudo nesta história do Guina é ver pessoas com idéias fracas, mesmo sabendo que ele está mentindo falar que é válido, desde quando mentir é válido?

Leiam este comentário:
O pessoal que diz que é mentira…
eu tb axo ki eh mentira mas se ele está mentindo para ajudar ao próximo eu axo ki isso é válido talvez ele tenha ajudado alguem comisso!

Dvd Guina-ex-racionais Mc`s -testemunho – Gospel

Isto mesmo agora tem até dvd em lojas gospel e na internet com o testemunho do Guina, alguém ou ele está lucrando em cima do que muitos consideram umas da maiores mentiras já contadas nos últimos tempos, bem estiloso o Dvd e o Guina posando como astro ficou legal, aff, como quem financia esta mentira consegue dormir sabendo que está se apropriando de dinheiro de gente de fé de verdade?


Confiram as fotos do DVD do Guina:



















































Guina, o maior caô 
evangélico do Brasil, ganhando dinheiro em cima da mentira, quem acredita no ridículo testemunho dele é mais bobo que o próprio.
A Verdade vos Libertará“. (João 8:32)
Você conheceu e viu o Guina pelo Brasil? Comente e fale o que ele pregou na sua igreja!